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Quando o desespero leva à ilegalidade

Catarina Valério Sousa 24 Fev 2021 Reportagens, Reportagens

Maria trabalha num restaurante, José como serralheiro. Correm riscos por estarem a fazer trabalhos paralelos não autorizados, mas há contas para pagar. O que os diferencia é que Maria está a trabalhar no mesmo restaurante que decidiu avançar com o layoff e José teve de se reinventar e mudar de profissão.

Às 16:10h em ponto, Maria, com o seu avental preto de cozinheira, touca na cabeça e as luvas calçadas, está junto do lava-loiça com a esponja na mão a acabar o trabalho. Aos 67 anos, é obrigada a fazer trabalhos paralelos para conseguir pagar as despesas. É cozinheira, num restaurante na zona de Lisboa, mas, nesta altura, está a trabalhar no mesmo local que a colocou em regime de layoff.

“Trabalho para pagar as minhas despesas, as do meu marido e dar alguma coisinha aos netos quando posso”

O que recebe do layoff não chega para pagar as despesas. Por isso, é obrigada a ir trabalhar umas horas para o restaurante. No final do serviço, vai ajudar o marido na costura, que também faz trabalhos paralelos como estofador. O marido esteve alguns anos a trabalhar fora, mas tanto a reforma de lá como a de cá são muito pequenas e não chegam para suportar as despesas. “Para além do dinheiro, trabalho por necessidade, uma vez que as reformas são muito pequenas. Não existe ninguém que consiga sobreviver com as reformas que recebemos.”

Maria tem apenas a quarta classe. Começou a trabalhar aos 11 anos e aprendeu a costurar. Começou por fazer alguns vestidos e umas camisolas mas, como isso não dava muito dinheiro, teve de ir procurar outro trabalho. Mais tarde, teve a oportunidade de ir trabalhar para a cozinha, onde está há 18 anos e, a partir daí, nunca mais fez outra coisa. Tem dois filhos, um com 47 anos e outro com 46, e ambos estão a trabalhar neste momento. “Trabalho para pagar as minhas despesas, as do meu marido e dar alguma coisinha aos netos quando posso.” 

 “O problema é que os encargos são grandes e tenho de fazer alguma coisa”

São 15:00h e José está com roupa de trabalho, luvas calçadas, a acabar de soldar uns ferros. José, tal como Maria, foi obrigado a arranjar um trabalho paralelo para conseguir suportar os seus encargos. Tem 47 anos e é funcionário público. Neste momento, faz trabalhos numa serralharia, em Lisboa. José sabe que, ao estar a fazer tal ato corre alguns riscos, nomeadamente ser penalizado e até mesmo ser despedido. Tem três filhos, uma rapariga com 23 anos, um rapaz com 16 anos e uma menina com cinco anos. “Os meus filhos são a principal razão para estar a fazer este trabalho paralelo.” Além dos três filhos, tem um neto que precisa da sua ajuda, uma vez que a filha também está em layoff e não consegue suportar as despesas. “A minha mulher trabalha como auxiliar num hospital e, nesta altura, também está em layoff. Tenho de fazer este trabalho paralelo para conseguir suportar as despesas. Sempre com algumas dificuldades.”

José tirou o sétimo ano e, por isso, começou a trabalhar muito cedo. Com 13 anos, já trabalhava na construção civil e foi aí que ganhou conhecimentos na área de serralharia. Essa foi a razão por que escolheu esta área para fazer alguns trabalhos paralelos. “O problema é que os encargos são grandes e tenho de fazer alguma coisa porque o dinheiro não chega para tudo.”

A pandemia levou muitos portugueses, como Maria e José, a terem de arranjar outros trabalhos para conseguirem pagar a suas despesas. Uma nova realidade que assombrou a vida de muitos portugueses.

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covid-19 2021-02-24
Jaime Lourenço
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