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Fotografia gentilmente cedida por Álvaro Isidoro.

Corte e costura, uma possibilidade de mudança

Produção de máscaras caseiras

Beatriz Pereira 21 Jul 2020 Conteudos, Reportagens, Reportagens

Num período de incertezas e dificuldades, Fátima, Patrícia e Paula são rostos que provam que é possível resistir através de oportunidades que surgem inesperadamente. Com o negócio das máscaras em tecido e da venda dos materiais, a certeza é uma: a obrigatoriedade para todos virou uma nova vida para alguns.

O sol e o relógio marcam as 15:00 horas. Numa antiga retrosaria, situada no Mercado Municipal de Carnaxide, Fátima Ferreira reabre a porta para mais uma tarde de trabalho. A loja provida de luz, oriunda das cores que se repartem em linhas e lãs, encanta todos os que lá entram. Aqui, Fátima controla a regra do distanciamento social, uma das máximas consequentes da Covid-19. “Como só entra um cliente de cada vez, porque não podem estar próximos, há quem não espere”, alude.

Embora o plano central seja, agora, a roda-viva em que se transformou a vida de tantos, nesta loja, a paciência e a tranquilidade de Fátima, dona da retrosaria há 21 anos, são bem evidentes. Lá dentro, concentrada, ampara as necessidades dos que a procuram, enquanto do lado de fora a fila vai-se compondo. Aí, ansiosamente, os clientes aguardam a sua vez, separando-se como “manda a lei”. Em comum, fazem uso do único acessório capaz de esconder o sorriso que tanta falta faz aos que, atrás do balcão, estavam habituados a recebê-lo: a máscara.

Com desenhos variados, aqui, na Confeções Navette, a busca pelos materiais para estas peças foi e continua a ser “uma loucura”, refere Fátima.

Na “caça ao tesouro”

Em período de desconfinamento, a escolha dos produtos já é feita pessoalmente mas, durante o Estado de Emergência, Fátima recebia os pedidos por telefone. Tecidos, elásticos e filtros eram os principais ingredientes da “receita da obrigatoriedade”, que se viria a tornar parte da rotina dos portugueses que recorreram às máscaras sociais na falta das máscaras cirúrgicas.

“Vendi milhares de metros de elástico. Tudo esgotava rapidamente. Agora acalmou um pouco, mas ainda vendo muita coisa para as máscaras”, confessa. É nesse momento que entra mais um cliente na “caça ao tesouro” pelos materiais que se assumem quase como uma preciosidade. “Ao menos que o negócio das máscaras seja bom para alguns”, diz a comerciante.

Para esta loja de bairro, o ‘passa palavra’ é uma das soluções chave para a abundância de pedidos. “Vêm de muitos lados. Cheguei a mandar elásticos para vários sítios do Mundo”, salienta. E se os elásticos voam, pela rapidez com que são vendidos e pelos largos quilómetros que fazem até chegar aos seus “utilizadores”, os tecidos traçam o mesmo caminho.

Para facilitar a respiração e por ser de grande conforto e de simples ajuste ao rosto, a escolha cai sobre o tecido de algodão. Na verdade, este não engana e Fátima faz o mesmo, no aconselhamento aos clientes. “A fibra é desconfortável, portanto, digo logo para levarem os tecidos de algodão”, afirma.

Com a venda destes materiais como espelho absoluto dos últimos meses, o negócio indubitavelmente reavivou “porque foi uma forma de virem [aqui] pessoas novas. Fiquei com um leque de clientes mais abrangente”. Porém, remata que “é muita parra e pouca uva”. “Ganhei muitos clientes, mas não é um negócio rentável. O elástico, por exemplo, é muito barato”, explica.

De volta à bancada, onde vai medindo, metro a metro, os materiais para a “nova moda”, Fátima conclui que aquela é a “loja mais bonita em que se pode trabalhar”. E se não for através dos tecidos e dos elásticos, que o vírus obriga a vender e que vão mantendo o seu negócio, Fátima acredita que será pela qualidade que este pequeno espaço alberga.

 

Fotografia gentilmente cedida por Álvaro Isidoro.

A curiosidade matou o tédio

Se a pandemia, para muitos, foi a faísca de um fogo de incertezas, para outros foi uma oportunidade impensável de trabalho. Na retrosaria de Fátima, os principais clientes “são as curiosas, que gostam da agulha”. Na verdade, foi esta curiosidade e a necessidade de se reinventar que levou Patrícia Simões, de 45 anos, a fabricar máscaras de tecido em casa.

Na mesa branca onde tem a máquina de costura, Patrícia tem as máscaras preparadas para a venda. De diversos padrões, as máscaras foram e são as únicas peças que tem criado diariamente. Vende-as, sobretudo, através das redes sociais. “Divulguei no Facebook e, a partir daí, foi uma euforia. Foram dois meses em frente à máquina”, frisa.

Hoje, o volume de vendas é ligeiramente menor mas, tal como Fátima – onde compra os materiais – as suas máscaras vão além-fronteiras. “Hoje já mandei seis para Inglaterra”, afirma alegremente.

Com o olhar sobre os tecidos de contornos coloridos, destaca a inevitabilidade de se adaptar aos tempos difíceis. De fonte de distração a fonte de rendimentos, Patrícia revela que vendeu “já mais que 600 máscaras”, o que, “a nível monetário, é uma grande ajuda”. A recomeçar a produção da peça obrigatória, liga a máquina de costura para a junção dos materiais. Porque, aqui, a verdade é uma: arregaçar as mangas nunca será uma dificuldade.

Mil (e um) ofícios

A porta abre-se e uma enchente de cores revela-se. Sobressaem os objetos criados por Paula Mendonça, de 55 anos. Costureira “nas horas vagas”, não teve dificuldade em se adaptar. Na verdade, é através da sua criatividade que dá, regularmente, uma nova vida às peças que tem em casa. E, nesse sentido, as máscaras foram mais um “ofício” para acrescentar à sua lista.

 

Fotografia gentilmente cedida por Álvaro Isidoro

 

Junto à máquina de costura ligada, tem as máscaras já feitas. Em sacos individuais, por tamanhos, estes artigos não são, para Paula, um negócio. “Por mim, fazia as máscaras só para dar”, reconhece. Na alma, tem presente o sentimento de solidariedade, o que a leva a não ser capaz de cobrar por uma peça de uso obrigatório. “Há pessoas com problemas económicos ou de saúde que me pedem máscaras. Aí, dou”, afirma.

Com a concentração voltada para a produção de mais “umas quantas”, vai exibindo a singularidade de padrões de cada tecido. Adepta “feroz” do comércio local, adquire os materiais na loja de Fátima. E a estética dos tecidos está em primeiro lugar. Não por si, mas pelos inúmeros pedidos que tem. “Já me pedem peças para combinar com as máscaras. A estética é importante, sim”, conta.

Decidida, assegura que não pensa em industrializar o que será um negócio “momentâneo”. Mas até este período terminar, continuará a criar. Máscaras e um sorriso aos que a ela recorrem.

       
covid-19 2020-07-21
Jaime Lourenço
Tags covid-19
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