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Júlia Lopes

Marielle: um luto ensurdecedor

Júlia Lopes julias.lopes99@gmail.com 18 Jun 2018 Reportagens

O chão vibra com a intensidade com que se batem os tambores. As vozes ecoam pedindo por justiça. No dia 19 de março, países irmãos uniram-se para homenagear a vereadora Marielle Franco, defensora dos direitos humanos e relatora da intervenção militar do Rio de Janeiro, vítima de execução.

Nascida na favela da Maré, Marielle Franco tornou-se socióloga, defensora dos direitos humanos e vereadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Relatora da intervenção militar no Rio de Janeiro, denunciava abusos de autoridade e a violência policial. Foi executada, no dia 14 de março, junto do seu motorista Anderson Gomes.

São 18:00 horas e Marielle concorre com Camões no centro de Lisboa. Por baixo do seu desenho acendem-se velas vermelhas, que transformam aquela escada em um altar.

Hoje é recordada por mais de 500 pessoas que assumem o luto: “Brasileira, feminista, combatente antirracista e opositora da violência policial contra o povo das favelas, o seu exemplo de luta merece a nossa homenagem”, é como Patrícia Vassalo, representante do movimento feminista Por Todas Nós, responsável pela vigília desta tarde, descreve a vereadora.

“Em luto, costuma-se pedir um minuto de silêncio, mas eu proponho um minuto de aplausos”, grita Carlos Serrano de 38 anos, militante brasileiro, criando um momento que coloca algumas das pessoas presentes emocionadas.

“A democracia no Brasil é elitista, tem uma política de genocídio. O assassinato da Marielle é politico e de aparato repressivo do estado. É um recado para as minorias permanecerem caladas e não se mobilizarem contra a politica de recessão e retirada de direito.”

Carlos Serrano alega sentir-se honrado por estar presente na vigília e propõe um ato para exigir do Governo português a suspenção das relações diplomáticas com o Brasil, enquanto não encontrarem o assassino de Marielle.

Um crime contra a humanidade

Luís Vicente, presidente do Partido da Terra, alega: “Não é crime só aos brasileiros, mas sim contra a humanidade, direitos dos negros, homossexuais e pobres” e ainda convida todos os portugueses presentes para partilharem algumas palavras de apoio aos brasileiros através do megafone.

Uma assistente social, Ines Ferreira, de 31 anos, que teve oportunidade de trabalhar no Rio de Janeiro se prontificou a compartilhar umas palavras: “Lá conheci muitas ‘Marielles’. Só vejo as praças cheias assim quando o Benfica vence um jogo. Estou emocionada.”

O Partido Comunista Português também teve o sentimento de solidariedade representado pela deputada Rita Rato de 35 anos: “Venho aqui desejar muita força e dar um abraço a todos os brasileiros pela luta para condenar a violência e a intervenção militar.”

Solange Pinto, de 44 anos, nascida em São Tomé e Príncipe, decide recitar um texto de sua própria autoria no centro da praça: “Ousemos minhas meninas e senhoras… Ousemos, por todas as mulheres espalhadas por esse mundo fora, que não tiveram tanta projecção como a Marielle, mas todos os dias desafiam e denunciam as atrocidades cometidas contra as minorias.” Solange deixa evidente a esperança que tem pela mudança, pela força das mulheres.

A intervenção militar

Júlia Lopes

“O general exigiu que não existisse Comissão da Verdade, para continuar atuando. Eu concordo, porque a princípio, não deve haver intervenção militar”, denuncia Ligia Toneto, de 21 anos, representante do Coletivo Andorinha- Frente Democrática Brasileira de Lisboa. A Comissão da Verdade, na qual ela se refere, foi uma medida tomada pelo governo do Brasil para investigar a ditadura e a última intervenção militar brasileira de 1946. O relatório final, resultado de dois anos de investigação, apurou graves violações de direitos humanos em segmentos, grupos e movimentos sociais.

“O que estamos vendo nas áreas pobres da cidade é o abuso. As ações totalmente ineficazes no combate à violência – aliás, são elas próprias violentas e inconstitucionais -, como revistar mochila das crianças e fotografar cidadãos. Além de não acabar com a criminalidade, criminaliza a pobreza. Armas e drogas não brotam nas favelas. Os que as financiam, e lucram com o mercado da criminalidade, estão bem longe dali”, denunciou Marielle em uma entrevista para o “Correio a Cidadania” retratando a realidade das comunidades que estão passando pela intervenção e o comportamento policial.

 “Marielle é a explosão para a democracia”

Joana Salay, de 30 anos, brasileira e militante do jornal Em Luta, discursa exprimindo a sua dor: “ o nosso luto não é em silêncio, o nosso luto é em luta e é ensurdecedor, eles vão ouvir a nossa voz. A Marielle enfrentou a intervenção militar e a violência policial. Nós queremos solucionar a violência e somos coerentes com as nossas propostas, acabaremos com o tráfico quando legalizarmos as drogas. Ela morreu porque representava tudo àquilo que o atual governo repudia: negros, pobres e periféricos, atrevidos a sonhar e ter voz”.

Júlia Lopes

Isabel Moreira, deputada do Partido Socialista, nascida no Brasil, mesmo com muita dor também é otimista e declara: “Marielle morreu por ser mulher, por ser negra, por ser feminista, por ser lésbica, por ser da periferia, mas tornou-se o símbolo da explosão que todas e todos estávamos à espera no Brasil. A explosão para a democracia”.

Em seguida, ouvem-se os gritos: “Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da policia militar” e os tambores passam a tomar o lugar do megafone, quem conduz esboça o amor à ideologia junto da arte.

Algumas brasileiras decidem então ensinar uma canção que é utilizada nos movimentos feministas do Brasil: “Companheira me ajude, eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”.  A partir daqui, canta-se a uma só voz.

    
Brasil democracia feminismo homofobia intervenção militar Marielle Marielle presente racismo Rio de Janeiro 2018-06-18
Júlia Lopes
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