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Imagem retirada do Facebook da ex-deputada

Manuela Augusto: “Não pode haver, de facto, discriminação seja qual for a condição humana”

Inês Pinto 25 Jun 2018 Entrevistas

Ex-deputada do Partido Socialista, atual professora de História A do ensino secundário, Manuela Augusto, ativista dos direitos das mulheres, fala sobre temas atuais como as desigualdades de género, os direitos feministas e a urgência em travar a violência doméstica.

Foi deputada do Partido Socialista em 1998 e 1999. Continua a identificar-se com o Partido Socialista de 2018?

Não foi só nessa altura que fui deputada, fui também deputada em 2009 até 2011, portanto fui deputada em duas legislaturas:  a sétima legislatura e a décima primeira legislatura. E se continuo a identificar-me? Claro que sim, foi o partido que eu escolhi em termos ideológicos porque se assemelhava mais ao que entendia que deveria ser a prática política e a ação política. [pensativa]

As medidas de política para melhorar o bem comum são, realmente, aquilo que o Partido Socialista defende ideologicamente. Agora, coisa diferente é a prática dos partidos que, às vezes, também me desencanta. Às vezes, os partidos não seguem exatamente aquilo que esperamos que eles sigam, no entanto, devo dizer que agora estou muito identificada com o Partido Socialista de 2018. Concordo com o caminho que está a ser traçado pelos responsáveis do partido quer a nível partidário, quer a nível do Governo, portanto, estou muito identificada. [sorri confiante]

O que é ser “socialista” hoje? Ou melhor o que é ser “mulher socialista” hoje?

Entendo que ser socialista hoje é assumir o papel de cidadania, porque nós não nos podemos dispersar do que se passa à nossa volta. Se pensarmos naquilo que nos rodeia, sobre os outros,  o bem comum, se a sociedade está a ir no bom ou mau caminho, se podemos melhorar ou não. Estou convicta que se pode sempre melhorar a vida da sociedade, do nosso País e do Mundo.

Ser socialista, para mim, é exatamente assumir que todos nós temos quota-parte de responsabilidade para melhorar a sociedade, para melhorar o Mundo, por isso, ser socialista hoje é querer uma maior igualdade entre todos e todas as pessoas, maior justiça social, uma vida melhor para todos, portanto, lutar para que se diminua a pobreza, para que todos possam ter uma vida digna e para que o Mundo seja melhor no seu coletivo. Ser socialista hoje, para mim, é isso, porque ideologicamente penso que aquilo que o Partido Socialista pode propor enquanto medidas da política vai mais ao encontro deste desejo, deste pensamento que eu tenho de que é possível melhorar, fazer melhor pelo bem coletivo.

O que a levou a ser deputada?

Exatamente o facto de achar que nós, se estivermos fora do sistema, podemos ter mais dificuldade em agir ou levar à prática ações que achamos que são corretas para melhorar a vida dos outros, para melhorar a vida da sociedade, construir esse tal futuro melhor. Achei sempre que estando dentro do sistema seria mais fácil atuar, ir trabalhar as minha ideias, fazer propostas, colaborar em projetos de lei, em medidas de política que levassem a melhorar aquilo que achava que seria o ideal para a sociedade e para o Mundo. Por isso, ser deputada ajudava-me a ter uma voz ativa, ajudava-me a ter uma prática ativa do mesmo modo.

Desde muito cedo, comecei na política, porque sempre me incomodou a injustiça, a pobreza em que viviam certas pessoas, as desigualdades sociais, as discriminações. Achei que devia entrar na política exatamente porque, estando dentro de um partido, teria mais hipóteses de agir [gesticula com as mãos o que vai dizendo].  Entendi que devia politicamente agir, sempre sabendo a verdade por quem está mais próximo do que se passa na realidade, ou seja, contactando com as pessoas. Penso que isso é o caminho ideal para ter mais consciência e não perder de vista aquilo que me levou a entrar, um dia, no Partido Socialista. Foi por isto que fiz este percurso.

O trabalho na Assembleia da República foi assumidamente uma desilusão? Porque esteve pouco tempo nas bancadas parlamentares?

Não foi porque foi uma desilusão, embora todos nós tenhamos, às vezes, expectativas muito grandes em relação àquilo que vamos fazer ou que podemos fazer e, depois, às vezes, essas expectativas não se concretizam. Mas, no meu caso, não foi por desilusão. No meu caso, no primeiro mandato, foi porque entrei mais tarde na Assembleia, já entrei a meio do mandato. No segundo caso, foi porque o Governo caiu e a Assembleia foi dissolvida. portanto eu tinha sido eleita para quatro anos, mas em 2011 o Governo caiu e não voltei à Assembleia na legislatura seguinte, porque quis voltar ao ensino, não por ter sido uma desilusão, mas porque me desencantei com alguma forma de fazer política.

Nunca se deve desistir e deve-se sempre persistir, mas também quis distanciar-me um pouco, para poder exercer a minha profissão de sempre e com esse distanciamento poder refletir sobre o caminho a seguir posteriormente, refletir sobre se aquilo que tinha feito tinha sido correto ou não, se o caminho que estava a ser seguido pelos políticos era aquele que achava correto, e políticas do Partido Socialista. Naturalmente que agora voltei a encontrar essa vontade de participar, porque penso que o Partido Socialista está no caminho correto. Mas soube-me muito bem recuar, voltar a dar aulas para por fora, não estando tão envolvida politicamente, ter tempo para refletir e olhar para a política e para a ação política com outros olhos. Sentia necessidade desse afastamento.

Escola e o seu papel na educação civil

Nas suas aulas em Queluz [Escola Padre Alberto Neto] tem um discurso muito empenhado em causas, apela a uma cidadania ativa. Fala, por exemplo, de desigualdade de género, de violência doméstica. Este é um processo formativo que deve ser, maioritariamente, da responsabilidade dos professores?

Sim, os professores têm essa responsabilidade porque têm diante de si jovens que estão a formar-se, estão a desenvolver o seu espírito crítico, estão a desenvolver a sua atenção por aquilo que os rodeia, pela sociedade que os rodeia. Estes jovens que estão na escola num futuro próximo vão ter uma profissão, vão ter a sua família, vão ser também eles educadores, e eu acho que a escola tem mesmo esse dever.

Não é só transmitir conhecimentos científicos e humanísticos, é também criar nos alunos e nas alunas essa vontade de cidadania, essa vontade de olhar o Mundo e de não se conformarem, de lutarem para melhorar sempre o Mundo, portanto, pensar que, infelizmente, o Mundo não é o ideal, que há muita discriminação, há muita desigualdade, há muita injustiça social. Se os jovens começarem desde muito cedo a refletir sobre isso, a criarem espírito crítico sobre aquilo que os rodeia para ver aquilo que está bem e o que está mal, e onde podem modificar e agir, vão ser eles próprios atores de mudança, vão fazer a parte que lhes cabe para tornar a sociedade melhor. A escola tem esse papel e não se pode demitir desse papel.

E qual o papel da família?

A família é muito importante, porque é aí que tudo começa. Se uma criança tiver bons exemplos em casa, se souber respeitar as regras de sã convivência, se respeitar os seus familiares, vai crescer sabendo também respeitar todos os outros, colocar-se no lugar dos outros.

Não podemos dizer que a educação é só com os pais ou só com a escola, não! [nega] todos fazemos parte da formação da criança. A criança durante o seu percurso de vida cruza-se com uma série de pessoas, na rua, na escola, na família, etc, e aquilo que essa criança vê vai influenciar o resto da sua vida, porque os exemplos que ela vê vão influenciar o seu comportamento.

Sente que os jovens estão sensibilizados para a violência doméstica e para a violência no namoro?

Penso que estão, mas ainda há muito por fazer, porque, por exemplo aqui na escola, vejo muitas vezes a forma como as pessoas, os rapazes e as raparigas, se tratam uns aos outros, com muita falta de respeito, com muita falta de dignidade, muitas vezes não são as agressões físicas que vemos, mas as verbais, como inferiorizar o outro. Vemos esses comportamentos vindos das pessoas mais agressivas, mas depois as outras também não reagem, muitas vezes aceitam, não lutam pela sua dignidade. Isto tem efeito bola de neve: por aceitarem, uma e outra vez, as agressões, elas nunca param e quando se dão conta, já não há um mínimo de carinho, de ternura, há muito a noção de posse, deixa de ser a ternura que os envolve, mas são os laços de posse.

Eu penso que, com as campanhas que têm havido nos meios de comunicação social, e o facto de agora ser mais fácil às vitimas de violência doméstica queixarem-se porque antigamente estes crimes eram muito encobertos hoje em dia como é um crime público qualquer pessoa que vê uma situação de violência deve denunciar porque, às vezes, a vítima não está em condições de o fazer, por medo ou outra razão.

Voltemos à escola. É mais gratificante chamar a atenção para este tipo de causas – como a violência no namoro – nas aulas, “moldando” consciências e comportamentos dos jovens seus alunos, ou estar no Parlamento a defender os ideais de um partido, respondendo a uma cartilha definida por outros?

São coisas, de facto, diferentes mas não há dúvida que na escola se consegue ter mais a certeza de que a palavra passa, de que aquilo que se diz é refletido, as pessoas ouvem e vão refletir, concordando ou não, vão refletir sobre o assunto.

Estou muito feliz por estar junto dos jovens, por estar a lecionar e ter essa possibilidade de observação. Também penso que o trabalho no Parlamento é muito importante se nós conseguirmos, através do contacto com os cidadãos, mudar aquilo que é possível e deve ser mudado.

Uma coisa não impede a outra, acho que das duas maneiras se pode fazer trabalho cívico e muito gratificante.

Feminismo

Nos seus discursos no Parlamento, mostra “a sua faceta vincada” de feminista. Alguma vez sofreu discriminação de género no trabalho?

Eu realmente, em termos pessoais, nunca me senti discriminada porque desde muito cedo comecei a participar em várias organizações, entre elas associações sindicais, ou associações de pais, quando os meus filhos eram pequenos.

Sempre fiz parte de organizações, porque sempre entendi que fazia parte do meu dever cívico não deixar que fossem só os outros a participar na mudança. Quando entrei para a política, eram muito poucas as mulheres que estavam a exercer. O que é facto é que as coisas mudaram muito, por força da lei ter obrigado os partidos a procurarem mulheres para as suas listas, porque a lei da paridade foi uma das lutas feministas. As pessoas estão sempre a dizer “as mulheres têm de entrar na politica por mérito”, então, mas os homens também. Se não há mais mulheres na política é porquê? Porque não têm mérito? Não! Não é por não terem mérito, é porque não as chamam para as listas.

Não é o mesmo que um concurso quando nós, mulheres e homens, concorremos a um concurso. Mesmo assim, às vezes, já há discriminação, porque muitos empregadores acham que as mulheres não desempenham tão bem o papel como os homens. Mas, num concurso, apresentamos as nossas habilitações, o nosso currículo, e os homens também e aí há uma escolha. Na política não há um concurso, temos de ser escolhidas por quem está a dirigir o partido para fazer parte das listas.

Se nós não formos persistentes, nunca somos escolhidas, porque eles têm sempre uma rede de amigos com quem se dão e com quem têm relações de confiança, com quem estão habituados a estar a trabalhar, porque o mundo da política habitualmente é muito masculino e, portanto, têm uma série de amigos em quem confiam, que já conhecem, e esses são os primeiros a serem convidados para os cargos políticos. As mulheres estavam mais afastadas até surgir essa lei que obrigou os partidos a irem à procura dessas mulheres, porque mérito elas tinham, só era preciso que as fossem chamar para elas poderem provar o seu mérito.

Falando de feminismo e de questões de género, comparando a época em que era deputada e a atualidade, considera que há aspetos que melhoraram visivelmente ou está tudo pouco mais ou menos na mesma?

Há aspetos que melhoraram significativamente. Melhorou, por exemplo, a participação das mulheres na política, hoje há muito mais mulheres na política, hoje tem-se cada vez mais noção que as mulheres não podem sofrer mais de violência, melhorou o facto de as próprias mulheres, em grande parte dos países europeus, tomarem consciência da sua importância enquanto pessoas livres, tomou consciência das suas capacidades, de que têm que lutar pelos seus direitos, por aquilo em que acreditam, têm que ocupar posições de relevo na sociedade. Até a própria lei mudou, a lei tem vindo a melhorar no sentido de não permitir a discriminação, por exemplo em relação a pessoas com orientação sexual diferente, com orientação religiosa diferente, pessoas de etnias diferentes. Também se fez um grande caminho para se lutar contra o racismo.

Não pode haver, de facto, discriminação seja qual for a condição humana.

Há alguma mensagem que gostaria de deixar para o futuro da política portuguesa?

Uma coisa que me preocupa em termos políticos é o facto de os cidadãos se estarem a afastar cada vez mais dos políticos. Há uma generalização da parte da população vendo todos os políticos como corruptos ou como pessoas que apenas querem os cargos políticos para se servirem desses cargos e para benefício próprio. Este ambiente está a instalar-se na sociedade e penso que são os próprios políticos que têm de mudar este estado de coisas pelo seu exemplo. Tem de se ter muito cuidado com as pessoas que se escolhem para os cargos políticos, a todos os níveis, quer seja numa junta de freguesia ou no Governo.

Quaisquer que sejam os cargos que se integram na política têm de ser escolhas muito cuidadosas. Os políticos têm de dar o exemplo de serviço público, de mostrar que, de facto, estão nesses cargos porque acreditam que é possível fazer melhor, lutar por um mundo melhor, lutar por uma maior justiça social. São os próprios políticos que têm de dar esse exemplo.

O próprio discurso político tem de mudar. As pessoas já não embarcam em discursos demagógicos, discursos populistas que tentam enganá-las. Estas pensam pela sua própria cabeça, os portugueses têm cada vez mais uma política sólida e, portanto, não vão em cantigas. As pessoas têm que sentir que os políticos lhes falam a verdade e que não andam a atirar pedras uns aos outros. Os partidos têm de mostrar à população que, se discutem com outros partidos determinadas opções, é por acharem que essas opções são melhores para o País e para os cidadãos.

       
educação feminismo Partido Socialista violência doméstica 2018-06-25
Inês Pinto
Tags educação feminismo Partido Socialista violência doméstica
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