Estudou Comunicação Social com o objetivo de seguir profissionalmente o caminho da rádio, mas foi num estágio na TVI que João Pedro Rodrigues se apaixonou pelo jornalismo. Cara conhecida pela presença nos formatos desportivos, no canal que lhe abriu portas, admite que o desafio de apresentar a informação, onde está agora, é o que lhe permitirá crescer e “sem dúvida, aprender muito mais”.
Como percurso académico, estudou Comunicação Social na Universidade Católica Portuguesa. Sempre foi um objetivo seguir o caminho da comunicação?
Inicialmente, estava a pensar seguir entretenimento e animação, mas, ao longo do tempo, fui perdendo o encanto por isso. E a verdade é que, quando estava na faculdade, fiz a cadeira de Rádio e correu muito bem. Não quero estar a mentir, mas se a minha nota não foi a melhor… foi das melhores desse ano. E aí pensei: “É isto que quero fazer para a minha vida.” Ainda por cima, na faculdade, tínhamos um protocolo com a Renascença e também conhecia algumas pessoas que trabalhavam na Mega Hits… Portanto, era mesmo para ali que queria ir. Entretanto, depois, com 21 ou 22 anos, fui fazer testes à Mega Hits, numa altura em que abriram vagas e correu muito bem. Passei à segunda fase, onde, dos 200 candidatos, só já estavam aproximadamente 60, mas, no final, disseram-me que não fiquei. Fui um bocado abaixo. Tempos depois, entrevistei o Nelson Cunha, o diretor da rádio, para um trabalho e ele acabou por me explicar que não fiquei porque, por política da casa, não ficam com pessoas que ainda não tenham terminado o curso, por muito boa que a pessoa seja.
Então, pensei que, quando acabasse o curso, ia para lá. Quando acabo, as vagas estavam preenchidíssimas, portanto, não deu. No entanto, na minha lista para estágios estava também a TVI e consegui entrar, para a parte de produção. Mas percebi que não era aquilo que queria fazer. Não sei se foi por milagre ou por irem com a minha cara, disseram que me iam mandar para uma editoria e que podia escolher. Então, fui logo para Desporto. Estive lá num estágio de três meses. A verdade é que esta é uma área dificílima para entrar, podes ser muito bom no estágio mas, no final, é “tchau, até à próxima”. Tive de voltar para os bares, porque sempre fui barman a minha vida toda. No entanto, em agosto de 2014, ligam-me para fazer um contrato de substituição da Cláudia Lopes, que estava numa gravidez de risco. Fui, todo contente. Aí, comecei a fazer, diariamente, peças dos jornais e diretos. Fiz aquilo muito bem até abril do ano seguinte e pensei que era naquele momento que ia ficar. Entretanto, ela voltou e diz-me que não ia ficar, porque a TVI não estava a contratar.
A televisão é um mundo em que não há certezas de nada. Num dia está-se a fazer diretos no Estádio do Dragão, num jogo Porto-Benfica; no dia a seguir, atrás de um balcão a fazer mojitos. Faz parte e tem de se saber aceitar.
Portanto, sempre quis fazer rádio?
Sim, sem dúvida. A certa altura, só queria mesmo fazer isso, mas hoje já não penso assim. No início deste mês, fiz sete anos de televisão, mas durante algum tempo não gostava de aparecer, [não gostava] dessa parte da televisão. Por isso, andava sempre com o pensamento de que, um dia, ia parar à rádio e ia ser feliz. Mas, agora, sou muito feliz a fazer o que faço.
A única hipótese de ir para a rádio e, sendo muito honesto, é se aparecesse uma proposta a pagar muito bem. É que estou numa fase em que, para abdicar do percurso que já fiz, do que estou a fazer agora e do que ainda posso vir a fazer, era preciso muito. Só se a Rádio Comercial dissesse para ir fazer o programa das manhãs. Se é para ser em grande, eu vou.
“É a errar que se aprende no jornalismo”
Após a sua licenciatura fez, então, o estágio na TVI, tendo passado, posteriormente, para A Bola TV. Sente que o curso lhe deu as bases necessárias para ter começado a trabalhar em jornalismo, especificamente na área do desporto? Ou foi o estágio que lhe possibilitou ter essas competências?
Não deu ferramentas quase nenhumas. Nem no jornalismo específico, nem no jornalismo geral. O que me deu foi uma bagagem enorme no que diz respeito à cultura geral. Houve coisas que li e aprendi que, se não tivesse tirado o curso que tirei, nunca iria aprender em mais lado nenhum. Mas muito conhecimento vem, depois, na prática. Após o meu estágio na TVI, fui, sim, para a A Bola TV. Ligaram-me e perguntaram se queria ir e fui, a ganhar metade. Estava completamente inseguro e pensava que não era assim tão bom. Desde o primeiro dia até me mandarem para estúdio pela primeira vez tinham passado apenas seis meses. Quando dou por mim, já estava em estúdio e funcionou muito bem. Foram três anos de A Bola TV e aprendi muitas coisas. Mas foi no primeiro estágio na TVI, por exemplo, que aprendi a editar e a escrever uma notícia para televisão, jornal e rádio. É que, na minha faculdade, apesar de ser altamente teórica, não me ensinaram a escrever notícias. No estágio é que se aprende e se ganha sensibilidade. Por isso é que o jornalismo é uma profissão fixe, na medida em que, para se aprender, tem de se errar muito. É a errar que se aprende no jornalismo.
Julga, então, que os estágios são um ponto fulcral para o desenvolvimento profissional de um jornalista?
Sim, completamente. Acho que todos os jornalistas têm de estagiar. Há todo um percurso por fazer, porque não se pode saltar etapas. No meu caso, não tirei mestrado nem nenhum outro curso, portanto, aprendi quase tudo a trabalhar na prática.
Depois de ter ido para a A Bola TV, regressou à TVI, onde é jornalista desde então. Como foi entrar, pela segunda vez, naquela que foi a sua primeira casa?
Juro pela minha saúde que já sabia que ia voltar. Tinha essa certeza. E aconteceu, claro, por uma conjugação de fatores e um deles foi o facto de estar altamente insatisfeito n’A Bola TV. Numa conversa casual com o editor de Desporto da TVI, disse que já não gostava de ali estar e ele disse-me para voltar para o canal. Fui logo. E quando voltei, já era uma pessoa completamente diferente daquela que tinha saído em 2015. E isto que vou dizer não é uma questão de falsa humildade, mas foi chegar, ver e vencer. As coisas começaram mesmo a correr bem.
“Se não tivesse começado a carreira na área do desporto, não me tinha maravilhado tanto no jornalismo”
Tendo em conta que é um amante do desporto, sempre foi um grande desejo aliar o gosto pelo desporto com o gosto pelo jornalismo, conseguindo ter o melhor dos dois mundos?
Isso aconteceu, porque simplesmente calhou. Deram-me a possibilidade de escolher e escolhi o desporto. Se me tivessem mandado, por exemplo, para a Economia, se calhar naquela altura do estágio tinha percebido que não queria jornalismo para a minha vida.
Mas a verdade é que sempre joguei e gostei de futebol e fazer jornalismo desportivo em Portugal é falar sobre futebol, portanto, para mim, foi muito fixe. No meu primeiro dia de estágio no desporto, fui fazer a receção da seleção ao aeroporto, que tinha garantido o apuramento para o Mundial de 2014. Fui às quatro da manhã. E nesse primeiro dia, tive logo a oportunidade de entrevistar o Fábio Coentrão. Para quem gosta de desporto, entrevistar assim um jogador é muito bom.
Portanto, no início da carreira, facilitou o facto de gostar muito de desporto?
Facilitou muito, sim. Não precisei de tirar um curso para saber os plantéis das equipas ou ter conhecimento sobre um jogo de futebol, por exemplo. Em geral, quem trabalha em jornalismo desportivo tem um passado ligado ao desporto. Há jornalistas, mulheres, que foram jogadoras de futebol, por exemplo. No meu caso, o facto de gostar da área ajudou muito a ser um bom profissional no desporto.
Referiu, também, que se tivesse ido para outra área ao início, provavelmente não tinha seguido o caminho do jornalismo. Sente, então, que foi graças ao facto de ter entrado no desporto que se manteve no jornalismo até hoje?
Sim, acho que sim. Se não tivesse começado a carreira na área do desporto, não me tinha maravilhado tanto no jornalismo. Em áreas como a Sociedade ou a Política, há aquelas peças diárias para o jornal. Mas no desporto, é tudo mais rápido, porque há sempre coisas a acontecer. Tanto se está a fazer um resumo da Champions League ou do Campeonato como uma peça sobre a morte de um jogador. Como este ano, por exemplo, com a morte do Kobe Bryant. A área do desporto é mesmo transversal às várias coisas que se pode fazer no jornalismo, tanto é que os jornalistas de desporto são os primeiros a apagar os fogos nas outras editorias. No Estado de Emergência, por exemplo, havia muitos jornalistas em casa e era preciso ir fazer diretos a uma bomba de gasolina, numa operação da polícia, para ver quem andava a circular na rua e eram os da área do desporto que iam. Outro exemplo foi em maio, em que as notícias eram a Covid-19 o dia todo. No entanto, houve uma semana que outro assunto se sobrepôs, que foi o caso da morte da Valentina. Nós, de desporto, segurámos uma emissão das 14:00h às 20:00h, onde estava eu em estúdio e dois colegas no local. Éramos, simplesmente, três jornalistas do desporto a fazer aquilo. Nós conseguimos fazer tudo. Não é que seja brilhante, mas consegue-se ganhar capacidades e ferramentas que, se calhar, outros não conseguem.
“Não vai existir um programa só dedicado a um desporto sem ser o futebol, porque não há audiências”
Qual é a sua visão atual do jornalismo desportivo? Ainda se centra no desporto ou está mais focado nos aspetos políticos e nas celebridades do futebol?
Sim, apesar de estar a mudar. Acho que foi um bom passo, tomado tanto pela SIC como pela TVI, acabar com os programas de desporto que tinham comentadores ligados a um clube. Aquilo não era nada mais do que dar tempo de antena à agenda dos clubes. Ponto final. Acredito que haja muita gente a gostar de ver, mas as audiências provavam que havia cada vez menos pessoas a ver. Foram perdendo o interesse, porque aquilo não passava de ‘peixeirada’ e as pessoas começaram a ficar mais informadas e a perceber que quem comentava era o megafone dos clubes. Se bem que, supostamente, existem comentadores isentos, que o continuam a fazer, mas já não é descarado…
Se o jornalismo desportivo ainda se faz com base nas políticas do futebol? Sim, no entanto, acho que cada vez menos. Agora não é a melhor altura para avaliar isso, porque o desporto está ‘uma seca’. Não há público, os jogos são adiados por causa de elementos das equipas infetados…, está esquisito. Mas creio que, quando isto voltar ao normal, tudo se vai virar muito para o espetáculo. Os clubes também terão de se começar a abrir mais. Dificilmente um jornalista tem uma entrevista com um jogador do Benfica ou do Porto, por exemplo. Os clubes parece que têm medo do que os jogadores possam dizer, como se o jornalista estivesse ali a fazer perguntas para o comprometer. Não estamos, mesmo.
Há alguma forma de mudar a tendência de o jornalismo desportivo dar quase todo o destaque ao futebol mesmo que, no caso de Portugal, muitas modalidades terem campeões portugueses?
Não vai existir um programa só dedicado a um desporto sem ser o futebol, porque não há audiências. Isto falando num canal generalista. A SportTV, de certeza, fez uma audiência ótima com a vitória do Miguel Oliveira no Mundial de Moto GP. Mas se se puser um programa sobre motociclismo todos os dias a dar, ninguém vai ver.
Falando no meu caso, além de futebol, gosto de ténis. Por acaso, no ano passado, no Estoril Open, estive lá todos os dias. Fazia lá os meus diretos e, por mim, estava lá a tarde inteira a fazer aquilo. Mas não se vai fazer um programa de ténis todos os dias. Faz-se neste tipo de competições, mas não de uma forma diária. Não há gente para ver. É uma pena, mas é uma questão cultural.
Referiu a SportTV, que é um canal de desporto mais específico, tal como a A Bola TV, onde trabalhou durante algum tempo. Nesse sentido, o que é que um canal de desporto, como estes dois, podem trazer de diferente relativamente aos canais generalistas e sites online, onde há muita informação e toda à distância de um clique?
Pode marcar a diferença com informação mais específica. No caso d’A Bola TV, que é um canal de nicho, dedicado mesmo aos apaixonados pelo desporto, há comentadores que são ótimos e que têm comentários mais concretos sobre alguma informação do desporto. Mas, enquanto na TVI, o programa Mais Bastidores tem uma audiência de 80 a 100 mil pessoas, n’A Bola TV, o programa mais visto deve ter umas 5 mil pessoas, o que significa que todo o conteúdo é mesmo para um público específico. A Bola TV é como a RTP2 porque, como diz o slogan, “quem vê, quer ver”.
“Quando me vejo na televisão, de fato e gravata, com aquela cara, sinto que não sou eu”
Recentemente o João passou de um registo na área do desporto para a informação generalista. Como é que surgiu esta oportunidade de ser pivô dos jornais da TVI24?
Exato, passei do desporto para a informação. Queria experimentar outra coisa. Na verdade, mudei porque senti que conseguia fazer aquilo e senti que seria uma forma mais fácil de conseguir crescer. Quer uma pessoa queira, quer não, se se fizer só desporto durante muito tempo vai-se fazer só desporto. No meu caso, com a pandemia, passei de falar só de desporto para falar só de Covid-19 e, por isso, ainda não tive a sensação de estar um dia a falar de notícias diferentes, para praticar outras coisas, colocar-me à prova. Adoro testar o meu limite e ver quando é que vou cair e não me safo. Gosto dessa sensação e, agora, nas notícias, tenho muito mais isso. No desporto, dava-me ao luxo de ir fazer um programa de quatro horas sem olhar para um papel e ali, na informação, não, porque é diferente. É muito mais desafiante. Saí do desporto para as notícias à procura de melhores condições e, sobretudo, para crescer. E sei que, para crescer, será ali. Sinto que no desporto, o mínimo já provei. Onde estou agora é diferente, porque, sem dúvida, vou aprender muito mais.
Numa pequena brincadeira durante a transição de programas, na TVI24, a jornalista Cláudia Lopes referiu que gostava muito de o ver com a formalidade das “notícias”. O João, por sua vez, respondeu que era só ali é que era “formal”. Considera que existe uma grande diferença entre o João à frente e atrás dos ecrãs?
Sim, enorme. É uma diferença gritante. Se não estiver a trabalhar, estou de calções e de t-shirt, digo coisas parvas, brinco, por aí fora. Quando me vejo na televisão, de fato e gravata, com aquela cara, sinto que não sou eu. Mas não sou mesmo, não tem nada a ver. Mas é fixe criar essa persona. Vê-se as pessoas na televisão e depois veem-na pessoalmente e das duas uma: ou se tem uma grande desilusão ou não. Sou completamente diferente, muito mesmo, e ainda bem. Quando estou de folga, desligo para o trabalho. É um risco que posso correr porque, quando chegar ao trabalho, posso estar um bocadinho fora. Mas é um risco que tenho de assumir. Acho que tenho de separar as duas vidas. Mas, claro, se for preciso ir fazer um direto na minha folga, se se justificar, vou. No entanto, a minha grande preocupação diária é o meu cão e as contas que tenho para pagar. Antes de ser jornalista, sou uma pessoa.
Outra coisa que se pensa, é que jornalistas têm só amigos jornalistas. Não sou assim. O meu único amigo jornalista é o (João Póvoa) Marinheiro. Dou-me mesmo muito bem com uns quantos e sou capaz de ir beber um copo, mas amigo é o Marinheiro. Quando estou com ele, dificilmente falamos de trabalho. Portanto, sim, na vida pessoal, sou mesmo diferente do João à frente das câmaras.
“As coisas mais pessoais não partilho nas redes sociais, porque um jornalista não é uma figura pública”
Partilha, nas suas redes sociais, o gosto pelo desporto através de fotografias com a sua coleção de camisolas de futebol. É algo que já coleciona há muito tempo?
Sim, já tenho há uns tempinhos. Não é a maior coleção, tal como gostaria que fosse, porque as camisolas são caras, mas queria fazer uma coisa diferente. Tenho amigos que trabalham na gestão de redes sociais e deram-me algumas dicas e uma delas foi abrir um bocadinho a minha vida pessoal nesta página. Escolhi publicar fotografias das camisolas do futebol que tenho, porque é giro e, acima de tudo, é uma coisa que não tenho problema nenhum em expor. Não é que tenha um gosto particular pelo futebol, mas gosto de ter as camisolas de futebol e criar essa coleção. É giro e vou continuar.
E há alguma razão para, todas as segundas-feiras, partilhar com os seus seguidores esta coleção, juntamente com a história de cada clube? Sente que é uma forma de se manter sempre perto da área do desporto?
Sim, também. Sinto que, de alguma maneira, estou ligado ao desporto. É um bocado isso. E também se atinge outro público porque, mesmo que já não esteja no desporto, vou buscar essa parte. Há muitas pessoas que também fazem essa coleção e mandam mensagens e fotografias das camisolas. É uma interação gira. Também costumo partilhar alguns vídeos de ténis, quando vou jogar. As coisas mais pessoais não partilho nas redes sociais, porque um jornalista não é uma figura pública. É um jornalista. Podemos ter exposição pública, sim, mas não somos celebridades. E, nesse sentido, tenho cuidado com muitas coisas. Mas, por exemplo, no Twitter ou na minha página pessoal do Instagram, sou eu mesmo, porque digo asneiras ou partilho cenas parvas. Na página profissional, sou diferente, claro. Às vezes, até tenho muito pouca paciência para me estar a preocupar com partilhar conteúdo nas redes, porque para mim é um drama todas as segundas-feiras saber que tenho de publicar, às 13:00h, uma fotografia da camisola… mas vou-me lembrando.
Quando faz a partilha das camisolas nas redes sociais, sente-se ligado ainda ao desporto. Portanto, pretende, a longo prazo, voltar a ser jornalista desportivo?
Se voltava ao desporto? Agora não, mas posso-me enganar. Vamos imaginar que daqui a dez ou 20 anos dizem-me: “Vais voltar para o desporto e para editor.” Se calhar, até gostava de voltar nessas condições. Mas se fosse agora, não voltava. Tenho saudades de fazer resumos e de ir para um relvado fazer diretos. Tenho mesmo muitas saudades disso, mas dos dias de desporto e do ritmo de trabalho do desporto, não.
Mas, provavelmente, sente isso porque tudo está praticamente parado ou sem muita emoção na parte do desporto e acaba por ser mais triste…
Sim, sim. Isso é verdade. Mas a fazer notícias também acontece o mesmo, porque estamos a falar sempre sobre o mesmo assunto. Mas sei que isso irá passar e aí poderei, então, falar sobre coisas diferentes. No entanto, de qualquer maneira, vou sempre estar sujeito a falar de temas que posso não estar tão confortável para o fazer. Todos os jornalistas têm uma coisa que não gostam e, no meu caso, tenho a economia. Por outro lado, gosto muito de política.