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Foto: Paulo Teixeira

Entre as cinzas, a esperança

Mudanças ambientais depois dos incêndios

Nicole Almeida 11 Jan 2018 Conteudos

O verão de 2017 foi considerado o segundo mais quente e um dos quatro mais secos desde 1931, ano em que se começou a registar as medições da temperatura. Os incêndios durante a época são habituais, mas este ano algo mudou. Alguns fogos apanharam as populações e os bombeiros desprevenidos, mudaram a paisagem de Portugal e alteraram a vida do País da noite para o dia.
A paisagem mudou. Quando se viaja pelo país, somos esmagados pela quase omnipresença das marcas deixadas pelos incêndios de um verão prolongado. As lembranças de praia ou da viagem que se queria fazer foram substituídas pela perenidade e violência das imagens dos incêndios. De um dia para o outro, cerca de 500 mil hectares da extensa floresta da zona Centro e Norte desapareceram. O impacto ambiental negativo parece ser inevitável para o país plantado à beira-mar e que perdeu parte daquele que é um dos principais pulmões verdes da Europa.
Sem árvores, os animais viram-se privados dos seus habitats; o solo fica sem estabilidade e pode levar a movimentos de massa. Além de afetar a camada do ozono, a poluição no ar e nas águas provoca problemas na saúde daqueles que moram perto das zonas afetadas. Os efeitos nefastos são vários e é importante conhecê-los. Ana Rita Lima, investigadora em Geofísica, revela que “o maior impacto dos incêndios a nível ambiental é a poluição atmosférica”. Como explica a especialista, “quando existe combustão, há uma série de gases que são libertados, dependendo também dos materiais que entram nessa combustão. No caso dos incêndios florestais, os principais são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e óxido nitroso (N2O). Ao serem libertados para a atmosfera, estes gases vão destruir a camada do ozono, contribuir para o aquecimento global, provocar chuvas ácidas, entre outros fatores”.
O ozono que envolve a terra pode ser dividido em duas principais camadas, a estratosfera e a troposfera. Fernanda do Carvalho, coordenadora do Centro de Previsão e Vigilância Meteorológica dos Açores do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), esclarece que “a maior parte do ozono atmosférico reside na estratosfera, ou seja, acima dos 10-12 km de altitude. Embora certos incêndios, em determinadas condições, possam produzir nuvens de grande desenvolvimento vertical, conhecidas tecnicamente como pirocúmulos, que eventualmente possam introduzir algum material na baixa estratosfera, dificilmente terão um impacto significativo no ozono estratosférico”. Apesar de não afetar sempre a estratosfera, o impacto pode ser nefasto ao nível da troposfera: “Nos primeiros 10 km de altitude a que corresponde à troposfera, é possível que alguns produtos da combustão (óxidos de azoto) possam ter produzido no ozono e, consequentemente, ter aumentado a sua concentração em alguns níveis da troposfera com impacto significativo na qualidade do ar junto da superfície.”
Uma das consequências negativas da combustão são as chuvas ácidas. Como menciona Ana Rita Lima, “a chuva é o resultado daquilo que é absorvido para a atmosfera. O que torna a chuva ácida, em que o seu ph é inferior a 5,5, é a presença de outros compostos que não são comuns na chuva dita normal, a qual comporta na sua composição CO2, mas a chuva ácida contém também os tais gases de efeito de estufa, como o azoto”. Estas chuvas são perigosas para os peixes e outros animais, mas também para as pessoas que utilizam água. “Isto porque a chuva ácida pode dissolver minerais em rochas e solos que podem ir parar aos rios e contaminar a água”, especifica.
O dióxido de carbono é um dos compostos mais apontados. Fernanda do Carvalho explica por que o CO2 é quimicamente estável na atmosfera, “podendo permanecer na terra durante 5 a 200 anos, dependendo da velocidade dos processos de remoção (fotossíntese e absorção pelos oceanos). Portanto, o CO2 emitido pelos incêndios deverá permanecer na atmosfera pelo menos durante vários anos até regressar à superfície naturalmente”.

Falta de árvores

Os incêndios, assim como o corte de árvores são as principais causas da desflorestação, provocando um efeito assolador não só na qualidade de vida dos animais, mas também nos seres humanos. “O impacto principal no solo é a desflorestação, pois os solos, ao estarem despidos de vegetação, quando vem chuva intensa, pode provocar deslizamentos de terra levando a mais perdas humanas, com destruição de casas e estradas”, aponta Ana Rita Lima.
As chuvas que irão cair nos meses de inverno, apesar de necessárias, podem ser uma ameaça para as áreas que ainda não se encontram aptas à replantação de árvores. Os deslizamentos também podem poluir a água para os animais e os habitantes. “Outra consequência dos incêndios é que alteram o clima da região. Como há uma redução substancial da vegetação, o clima da região ardida torna-se mais seco e também mais propício à deslocação de poeiras quando há vento”, elucida a especialista em geofísica.

Impacto ambiental

As árvores que uma vez foram casa de inúmeras espécies foram extintas. Mesmo que velozes na sua motricidade, muitas centenas de animais não conseguiram escapar a tempo às chamas e à consequente inalação de fumo. Recuperar a biodiversidade que existia não será possível. Ana Rita Lima ressalva, no entanto, que “as florestas vão readaptar-se e novas espécies virão”. Quanto aos animais que viviam no local – continua – “alguns podem ter morrido carbonizados, outros ficaram feridos acabando por morrer mais tarde e os que conseguiram fugir perderam o seu habitat natural. Esses animais terão de tentar refazer as suas vidas noutro local que não tenha ardido, em busca de abrigo e alimento, mas há sempre alguns que podem não se conseguir adaptar acabando por morrer”.
Ana Rita Lima salienta também “o facto de as águas da região poderem estar contaminadas com cinzas e poluentes libertados na combustão, o que também prejudica a saúde dos animais e das pessoas que a ingere”». As cinzas libertadas, esclarece, “acabam por influenciar a nossa saúde e as dos outros seres vivos a nível respiratório porque, ao serem inaladas, provocam alergias e outras doenças respiratórias”.

Recuperar a floresta

Como muitos especialistas têm sublinhado, as tragédias podem servir para aprender com os erros do passado. A seguir aos incêndios do verão, que queimaram também muitas plantas invasoras, é possível apostar na reflorestação com espécies autóctones mais sustentáveis. “Ao serem queimadas as espécies vegetais invasoras que viviam naquele local, o solo ficou limpo, podendo dar lugar a que, durante a reflorestação, outras espécies vegetais se desenvolvam e assim também se instalem outras espécies animais naquela região. As cinzas também enriquecem as propriedades fertilizantes dos solos, contribuindo positivamente para o desenvolvido da vegetação e para a agricultura”, explica Ana Rita Lima. Desde os incêndios, muitos projetos têm sido criados por parte das populações, associações locais e entidades nacionais para encontrar fundos para reflorestar os hectares que foram ardidos até o final do verão. “Levará anos a acontecer, mas Portugal voltará a ser verde e sustentável”, acredita a especialista.
Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular “Jornalismo de Especialidade”, no ano letivo 2017-2018, na Universidade Autónoma de Lisboa.
    
2018-01-11
Ana Cabeças
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