A jornalista Catarina Gomes, recentemente entrevistada no livro Comunicação, Cultura e Jornalismo Cultural editado pelo NIP-C@M, foi premiada com o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís pelo seu romance Terrinhas.
O júri do prémio apreciou a obra como “um romance que, a partir do ponto de vista de uma mulher tipicamente citadina, coloca em confronto o mundo rural e o mundo urbano”.
A jornalista referiu a Fátima Lopes Cardoso, na entrevista publicada no volume com chancela NIP-C@M/Autónoma, que tem “uma paixão pela arte de contar histórias e gostava que, pela forma como as conto, elas fossem também belas. Quem quer escrever jornalismo narrativo tem de gostar de ler ficção, romances, tem de gostar de escrever (e, sobretudo, de reescrever), porque o jornalismo narrativo vai buscar as suas ferramentas à literatura, como seja a construção de cenas, ‘construção’ de personagens, tensão narrativa…”
Catarina Gomes nasceu em Lisboa em 1975 e foi jornalista no jornal Público durante 20 anos. Recebeu o Prémio Gazeta (multimédia), o Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença, o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha, em 2016, pela reportagem “Quem é o filho que António deixou na guerra”, publicada em 2015. A reportagem foi o ponto de partida para o livro Furriel Não é Nome de Pai, editado em 2018.
Em 2020, publicou Coisas de Loucos – O que eles deixaram no manicómio, que teve origem a partir de uma reportagem escrita em 2011 sobre o fim do Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda.
O Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís foi instituído em 2008 e já premiou oito romances inéditos.