O debate “As Eleições Presidenciais nos EUA – Poder e Máscaras” contou com a participação das professoras/investigadoras Ana Isabel Xavier (UAL) e Carla Baptista (Universidade Nova), tendo sido moderado por Isabel Damásio, docente do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa. Iniciativa da Autónoma Academy, decorreu no dia 4 de novembro.
Realizado no âmbito da Pós-Graduação em Assessoria Política e Comunicação Estratégica da Autónoma Academy, em iniciativa conjunta com os departamentos de Ciências da Comunicação e Relações Internacionais da UAL, teve como principais objetivos “fazer uma reflexão sobre a comunicação política dos EUA entregue a um presidente imprevisível que tem uma nova forma de comunicar e perceber quais as implicações dessa mesma comunicação na relação entre os EUA e o resto do mundo”, começou por explicar Isabel Damásio, uma das coordenadoras desta pós-graduação da Autónoma Academy.
O debate centrou-se em duas datas importantes: 3 de novembro de 2020 – dia das eleições americanas – e 20 de janeiro de 2021 – o dia do juramento do novo Presidente dos EUA. Isabel Damásio referiu que “a luta pelo poder trava-se no campo da comunicação política e estratégica. Neste momento, a comunicação política dos EUA tem sido marcada pela forma como o Presidente se comporta e não pelo conteúdo da informação que ele transmite”.
Ana Isabel Xavier, docente dos departamentos de Relações Internacionais e de Ciências da Comunicação da Autónoma, focou a sua intervenção no enquadramento da comunicação política americana. A sua apresentação foi dividida “em três tempos: enquadramento teórico sobre a importância do discurso político, uma análise sobre o estudo de caso dos EUA nos últimos quatro anos e, por fim, uma reflexão sobre o que podemos esperar para futuro”. Ao falar sobre as políticas de Donald Trump, Ana Isabel Xavier alerta que “este veio mostrar que a política externa não funciona porque está construída numa economia central. Trump vê a China e a Rússia como competidores e a União Europeia como inimigo”. A docente revelou, ainda, que “estas iniciativas devem ser estimuladas. Terei muito gosto em continuar a trabalhar em conjunto com o Departamento de Ciências da Comunicação e com a Autónoma Academy”.
Para iniciar o debate com os alunos sobre a mediatização da política dos EUA, Carla Baptista, docente no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, revelou que, na sua opinião, o dia seguinte à tomada de posse do novo Presidente irá ficar marcado por uma grande divisão entre o povo americano, sendo que as relações nacionais irão ser conflituosas. Para concluir, Carla Baptista afirma que “seja qual for a escolha, o novo Presidente terá de ter como prioridade as relações internacionais”.
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