Bom dia, boa tarde e boa noite. Congratulo-vos por estarem aqui e por me ter lembrado desta palavra em inglês que, por acaso, soa melhor em russo. Gosto de fazer com que vocês se sintam em casa, logo, vou dizer para fecharem os olhos. Fechem. Estou a falar a sério! Está bem, ganharam desta vez… Se não estão em casa deve ser por um motivo de força maior dadas as circunstâncias, por isso, acabo esta introdução a dizer ‘Olá’. Isto fez ‘bué’ sentido…
Estou em casa e espero que vocês também mas, relativamente ao que vos vou falar hoje, bem, duvido que as pessoas envolvidas estivessem em casa… Caso contrário, morariam num lugar arenoso e salgadinho, tipo croquete mal-amanhado do Minipreço.
Universo, via láctea, sistema solar, planeta Terra, Europa, Península Ibérica, Portugal, Setúbal, Almada, Fonte da Telha. ‘Poxa’, estava a ver que nunca mais cá chegava… Foi o local onde um morto deu à costa. É das coisas que mais aparece: douradas, tainhas e…. corpos. Pão do dia a dia…
Basicamente, o que aconteceu foi que uma pessoa – em vez de ficar em casa e virar uma batata no sofá, enquanto faz maratonas de streams para obter uma chave para o Valorant a comer amendoins e beber Compal de maçã – estava a dar um passeio na praia. Avistou um corpo na água e ligou para o nine – one – one português (linha de atendimento a coisas que se passam em filmes não nacionais), exatamente às 17:50.
Tratava-se de um homem com cerca de 30 anos. Vocês, neste momento, questionam-se nessas cabecinhas pensadoras o porquê de vos trazer esta história. Trago isto porque estou indignado. Nós, portugueses, temos de ter um workshop de como nos livrarmos de um corpo. Tenho dito.
Matam as pessoas e nem pensam como é que se vão livrar delas, sem serem encontradas. Indecência! Nem souberam embrulhá-lo em plástico, após lhe drenarem o sangue em túlipas para acelerar a decomposição e enterrá-lo abaixo da linha de água, para que a cova não se abra nas cheias ou secas. Amadores…
Que é? Uma pessoa já não pode ser culta a nível de homicídios? Só vos digo uma coisa: acho que estou com demasiado tempo livre nesta quarentena!
Gostei disto hoje, espero que não tenham gostado de modo a voltarem para terem um bom tempo de desgraça, acompanhado por amendoins. Adeus.