Bom dia, boa tarde e boa noite, caros leitores. Sejam bem-vindos outra vez a este palanfrório eficaz, que de palanfrório e de eficaz não tem nada. Já não é a primeira vez que vos aviso nem a última que isto vai causar danos irreversíveis às vossas lindas e baralhadas cabecinhas.
Ainda bem que já ficaram ofendidos e vão começar a partilhar nas vossas redes sociais de jovens o quão ofendidos ficaram por esta tão maravilhosa crónica. Vamos lá ao tema que o vosso “short attention span” já vos está a levar daqui.
Hoje é dia de “Black Friday” ou, como dizem os portugueses, “Black Friday”. Consiste numa tradição norte-americana que, mais uma vez, decidimos importar, em que começa a época das prendas de Natal. Neste dia, vários produtos de diversas lojas entram em saldos, alguns maiores do que outros, mas como dizia a minha ex-namorada, o tamanho não é tudo e depois trocou-me por um anão.
O dia em que muitas pessoas fazem enormes filas de espera para entrar numa loja de roupa que irá abrir com quatro horas de antecedência consiste numa batalha campal em género de batatada para conseguirem aquele casaco que todas queriam, e não, não levam batatas para atirar. Ao invés disto, puxam-se cabelos, partem-se unhas e põem-se olhos negros, daí o “Black”.
É um dia controverso, principalmente nos EUA, já começou a haver protestos, pois dizem que se trata de uma festa de consumismo. Na minha opinião, os mais críticos são apenas ressabiados que compraram as coisas fora de saldos e agora não as conseguem devolver.
Podia estar aqui até amanhã a falar sobre a “Black Friday” e como esta já esteve associada a crises financeiras, estratégias de marketing usadas ou até mesmo dicas de como arranjar os melhores negócios, mas isso guardo para mim porque não acredito em religiões.
E é tudo por hoje, espero que percebam o que é sarcasmo, e que voltem para a próxima com as novas coisas que compraram.