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A computação quântica de Séneca

Luís Carmelo 04 Out 2019 Crónicas, Crónicas

Hoje em dia idealizamos o passado através do culto do património e removemo-lo através da ostensão da tecnologia. Pelo meio, em jeito de retrovisor avariado, fica a angústia climática. É este o tríptico que nos é dado respirar, espécie de ‘boomerang’ no seio do qual o presente surge, ao mesmo tempo, como divindade e como derradeiro sem-abrigo da história.

As recentes referências à computação quântica ilustram estas excitações contemporâneas e confirmam-nos, se ainda fosse preciso confirmar, que a promessa do futuro reside na velocidade e não nos leitosos magmas dos programas de tipo ideológico (ou similares).

Uma das directoras de Microsoft, Julie Love, explicou há dias porquê: “Um computador quântico é capaz de fazer em 100 segundos o que o mais potente dos supercomputadores da actualidade faria em mil milhões de anos”. Por outras palavras: num computador tradicional a informação é processada em 0 e 1 (bits), enquanto num computador quântico a informação pode ser 0 e 1 ao mesmo tempo (bits quânticos ou qubits), o que aumenta de forma exponencial a capacidade de processamento.

Pode haver melancolia, miséria, degredos, degelos, supressão de direitos, migrações desesperadas, seja o que for, mas a velocidade, essa, conduzir-nos-á inevitavelmente ao trono de deus, tal como já se fazia constar nos rolos do Apocalipse de ‘Baruch’, do ‘Enoch’ Eslavo ou mesmo de Daniel. Por outro lado, o olhar para o passado será cada vez mais o da sobranceria, fazendo contrastar a ‘nossa’ celeridade quântica com o tempo da televisão linear, das cassetes de vídeo e dos jornais em papel.

Mas não se pense que esta capacidade de rir do que já foi é um exclusivo das muitas variantes do mundo moderno. Nas ‘Cartas a Lucílio’ de Séneca, mais concretamente na Carta 86, o autor informa o seu interlocutor de que se encontra instalado em vilegiatura na ‘villa’ de Cipião Africano.

Para que se contextualize a época, deve referir-se que Séneca está a escrever no início dos anos sessenta da nossa era (séc. I d.C.), enquanto Cipião Africano, o herói da última guerra púnica, viveu entre 236 e 183 a.C. (séculos III e II a.C.). A distância entre ambos é a mesma que vai de 2019 a 1769, vinte anos antes da revolução francesa.

A prosa de Séneca sobre o tempo de Cipião é pautada por uma sobranceria idêntica à que recorremos hoje, embora aliada a uma certa nostalgia que servirá de ponte para denunciar os novo-riquismos do seu tempo. Nada que não nos seja familiar, se pensarmos nas convulsões cinéticas das torres Trump.

O filósofo estóico começa por dar conta da “cisterna que daria para dessedentar um exército” e do “pequeno balneário escuro segundo a moda de antigamente”. E continua: “No balneário de Cipião não há propriamente janelas, mas apenas umas fendas estreitas que deixam entrar a luz sem pôr em causa a solidez da construção. Hoje dá-se o nome de banhos para traças aos balneários cuja construção não permite receber luz durante o dia todo por janelas enormes”. Nos tempos de Cipião, “não havia água corrente como que brotando continuamente de uma fonte quente, nem os antigos do seu tempo se preocupavam com a iluminação do espaço onde iam libertar-se da sujidade” (…) “Lavavam todos os dias as pernas e os braços, mas só tomavam banho de nove em nove dias. Nesta altura haverá certamente quem diga: que porcos eles andavam!”

Sobre o seu próprio tempo, escreve depois Séneca: “Abunda hoje quem acuse Cipião de perfeito provinciano por não ter nos seus banhos quentes largas vidraças para deixar entrar o sol, e não se deixar destilar no meio da luz à espera de fazer a digestão. Cipião não se lavava com água filtrada, frequentemente estava turva, suja”. Num passo seguinte, Séneca vai mais longe, questionando:

“Quem hoje se resignaria a tomar banho em condições semelhantes? Qualquer um se considera pobre e mesquinho se as suas paredes não resplandecerem com grandes e preciosas incrustações, se os seus mármores de Alexandria não forem decorados com mosaicos da Numídia, trabalhosamente recobertos de verniz como se de pintura se tratasse, se não tiverem uma cúpula recoberta de vidro, se o mármore de Tasos não revestir as piscinas onde metemos o corpo emaciado pelo banho de vapor, se, enfim, se a água não correr em torneiras de prata…” (…) “Que multidão de estátuas, que sem número de colunas que nada sustentam, apenas decorativa, só para exibição de riqueza! Que abundância de águas caindo ruidosamente em cascatas!”.

Percebe-se que, à computação quântica do nosso tempo, correspondia, na época de Séneca, o domínio de uma minuciosa arquitectura da luz, do vidro e do mármore.

Percebe-se ainda que os argumentos de fundo que separam as eras são, do lado de Séneca, a higiene e, do lado dos nossos contemporâneos, a velocidade.

Em comum, ressalvemos a incapacidade de o olhar flutuar para além das contingências e de se deixar pasmar com as diferenças, apesar da inevitável inquietação existencial suscitada pelo presente. Mas como diria o próprio Séneca, o presente é o território que nos assegura que jamais seremos imortais. Daí ele se nos apresentar, não apenas hoje, quer como a grande divindade (o tempo presente é tudo do que dispomos), quer como o tal derradeiro sem-abrigo – ou “escravo” na linguagem de Séneca – da história.

Este texto foi publicado no jornal “Hoje Macau” e é aqui reproduzido com a devida autorização do seu autor.
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2019-10-04
Jaime Lourenço
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