Bom dia, boa tarde e boa noite, caros leitores. Isto já é quase a vossa casa, por isso, não vou dizer “bem-vindos”. Digo apenas para não sujarem a mesinha de cabeceira do Século XIX da minha avó, que teve imenso trabalho em viajar no tempo para a arranjar, e para usarem bases para os copos, sim, essas mesmo, as que não servem para nada. Se mancharem o móvel, estou tramado e tenho que ir a uma loja de velharias, onde ninguém vai a não ser as velharias andantes, comprar outro igual.
Mais uma semana se passou e eu estou a sentir-me cada vez mais à toa com tudo o que se anda a passar neste país que é Portugal, pioneiro na escravização, e neste mundo que é o planeta Terra, pioneiro na (des)humanidade.
Anda para aí uma coisa chamada “Corona” vírus. No início, pensei que era um anúncio da Sagres ou da Super Bock a falar mal da concorrência, mas rapidamente percebi que era uma escala muito mais pequena. Segundo as estatísticas e aqueles nerds atrás de um computador a fazer gráficos com bolinhas e tabelas com tracinhos estão confirmadas, até ao dia em que escrevo, 6.165 pessoas contagiadas, já morreram 133 e recuperaram 126.
Esta malta da “Corona” são uns bebés neste ramo de negócio. A Sagres e a Super Bock são grandes potências, tendo contaminado já 10 milhões de pessoas em Portugal (estando incluídas todas as crianças dos 3 aos 17 de Ovar para cima, que são contaminados desde cedo). A nível de mortes, os valores rondam os 13 mil por ano, ou seja, a “Corona” que se apresse com alguma ideia inovadora. Deixo aqui duas sugestões: uma bomba em forma de barril sobre a Índia e uma amostra gratuita nos centros comerciais Portugueses. Garanto que são ambas medidas vencedoras.
Apesar de tudo, tiro o chapéu e penduro-o num cabide para não se sujar. Dou os parabéns à equipa de marketing e strategic positioning, por começarem a sua campanha num local estratégico com milhões de pessoas reunidas, atingindo também um público estrangeiro desde a Finlândia aos Estados Unidos. O público-alvo é muito abrangente e diversificado, o que “facilita” a marca e consegue ainda satisfazer a necessidade do cliente ter pneumonia, bronquite, febre e, possivelmente, até morte!
Acho que ainda há muito a fazer para este produto ser uma verdadeira potência. Eu tenho muito boas ideias para tornar isto a próxima “Peste Negra”, aquela bebida de marca branca a imitar a Fanta. Caso queiram trabalhar comigo, contactem-me no Instagram (@miguelpontor), pode ser que tenha tempo para vos atender.
Acabado por hoje, vou começar a ser marketeer ou outra palavra qualquer em inglês que me faça parecer intelectualmente acima da média das pessoas de Azeitão. Por hoje é tudo, vemo-nos para a semana.