“História Única” é um termo cunhado pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie que, posto de uma maneira bastante simplista, corresponde à forma como, por vezes, fazemos generalizações grosseiras ao criarmos ideias tendo como base, única e exclusivamente, estereótipos que nos vão sendo passados ao longo do tempo, sem nunca os questionarmos, levando assim a uma perceção falaciosa da realidade.
No vídeo apresentado em aula, Chimamanda Ngozi começa por nos contar acerca da sua experiência enquanto leitora e escritora, durante a sua infância. O seu amor pela leitura teve início aos 2, segundo a mãe, e aos 4, segundo a própria, e pela escrita aos 7. O seu ato de escrita era diretamente influenciado pelos livros infantis, britânicos e americanos, que lia, onde todas as personagens eram brancas e de olhos azuis, brincavam na neve, comiam maçãs e falavam muito sobre tempo e o quão espetacular era que o sol tivesse decidido aparecer. Este universo não poderia, no entanto, estar mais longe do seu, ela no seu país com tradições manifestamente distintas, não tinha neve, comia mangas e não maçãs e nunca falava acerca do tempo, pois tal não era necessário. Escrevia sobre o que lia, e não sobre o que via, portanto.