Inácio da Graça, aluno do 2º ano do curso de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa, já colabora com a Televisão de Cabo Verde: as suas peças jornalísticas têm passado nos espaços informativos por excelência, os telejornais da TCV.
Inácio Fernandes da Graça, 25 anos, aluno do 2º ano do curso de Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa, colabora desde outubro com a TCV com reportagens e entrevistas.
A oportunidade surgiu quando um responsável da TCV o contactou a pedir permissão para partilhar uma reportagem sobre a partida da seleção nacional de futebol de Cabo Verde para um jogo com a Tanzânia.
Depois deste, seguiram-se mais dois trabalhos, um sobre a cantora cabo-verdeana “Lura”, que no mesmo dia se encontrava em Lisboa para o lançamento de um novo single. “No timing certo”, diz Inácio da Graça. A outra peça tem poucos dias e reporta a história de um jovem de 17 anos, jogador de futebol, que viajou até Portugal para prestar provas (fazer testes) na equipa do Futebol Clube do Porto.
Quem é Inácio da Graça?
Há seis anos a viver em Portugal, Inácio da Graça saiu de Cabo Verde para frequentar um curso profissional de Técnico de Design, em Moimenta da Beira. Terminado o curso em 2015, um dia, já em Lisboa, numa viagem de metro depara-se com um anúncio da Universidade Autónoma e decide candidatar-se à licenciatura de Ciências da Comunicação, ambicionando ser jornalista – um sonho que vem desde os 10 anos, quando brincava aos locutores de rádio.
A paixão foi crescendo e hoje é autor, produtor e locutor de um programa semanal na Rádio Autónoma: “Tubarões Azuis”, uma escolha fácil, visto tratar-se da designação dada à Seleção Nacional de Futebol de Cabo Verde. Mas a rádio não é a única paixão e o futebol leva-o a mais um grande projeto: criar uma página dedicada ao desporto.
Com a ajuda de professores da Autónoma, Bruno Reis e Paula Lopes, alarga os objetivos da página para temas mais abrangentes e dedicados ao país que tão bem conhece, Cabo Verde, e assim nasce “Cabo Verde e a sua gente”, uma montra de reportagens e entrevistas sobre música, gastronomia, desporto, gentes.
De coração dividido, diz-se “apegado a Portugal”, um país com mais oportunidades que Cabo Verde, mas não descarta a hipótese de um regresso. Para já, pretende terminar o curso e continuar a trabalhar na página que lhe abriu as portas para o jornalismo real.