André Carvalho Ramos, Francisca Matos e Nuno Chaves estiveram na Autónoma, no âmbito da unidade curricular “Introdução ao Jornalismo”, a inspirar jovens estudantes de Comunicação, partilhando as suas experiências na área. O encontro decorreu no dia 20 de janeiro.
André Carvalho Ramos, jornalista de investigação da TVI, da equipa ‘Ana Leal’, já passou pela RTP, CMTV e Correio da Manhã. O seu nome ficou ligado aos incêndios de Pedrogão, o seu trabalho mais conhecido. André explicou nunca ter tido dúvidas sobre o jornalismo como profissão, apesar de não ter acabado no meio que planeava, a imprensa. Na época, não se imaginava no mundo da televisão, pois “era muito reservado e para televisão é preciso ter lata”. Para os alunos que querem fazer jornalismo de investigação, avisa ser tarefa difícil, pois “a informação é que marca a agenda” e tem de se “saber até onde se pode ir”. Afirma, também, ser uma paixão nobre. “É o direito a informar, o direito a ter acesso a fontes de informação e transmitir essa informação, expor situações que são ilícitas ou imorais.” Deixou um último aviso aos interessados: “é preciso ter coragem”.
Francisca Matos trabalha na Agência Lusa e releva a importância de ter sempre fontes de informação: “temos de saber mediar as fontes e consegui-las”. No entanto, alerta para todos os cuidados que se devem tomar com o que algumas fontes dizem, já que o jornalista “não pode ser um mero veículo… não é informar o que eles querem, mas a verdade”. Aconselha os futuros jornalistas a nunca terem medo de fazer perguntas e tirar dúvidas, mesmo no local de trabalho: “o jornalista está em constante aprendizagem”.
Nuno Chaves, que começou a sua carreira há cerca de dois anos, está a fazer jornalismo desportivo na TVI. “Fiquei deslumbrado com a redação!” É assim que Nuno explica aos alunos o sentimento de, finalmente, ter entrada no mundo do jornalismo. Evidencia as vantagens e desvantagens dos estágios, e conta como lhe diziam – logo no início – que “não podiam ficar com ele”, que um estagiário só se destaca se “tiver disponibilidade total”. Apesar de já ter um contrato na TVI, diz que, muitas vezes, ainda “me olham como estagiário”, mas que, apesar disto, jornalismo continua a ser a sua paixão. “Eu não trabalho, faço aquilo que gosto”, remata.