Bom dia, boa tarde e boa noite, caros leitores. O meu nome é Miguel Rodrigues Costa e sou o maior marketeer que alguma vez existiu no planeta Terra. Sim, fui eu que fiz com que o dito 19 chegasse a todo o Mundo através de amostras gratuitas em centros comerciais e em praias da nossa praça.
Já devem ter percebido que o tema desta semana é a pandemia de estupidez disseminada pela população portuguesa.
Sempre que não sei uma palavra, costumo ir ao dicionário, tal como me ensinaram na “quarta classe” (expressão que apenas os velhos usam, ou seja, se dizem isto, lamento, mas são velhos): primeiro procuro pela primeira letra e depois pelas restantes, consecutivamente. Procurei “quarentena” sendo que obtive dois resultados. O primeiro foi a definição adequada à nossa situação nacional relativamente à saúde: período de isolamento imposto a pessoas portadoras ou supostas portadoras de doença; o segundo apontava para o número 40, e até me lembrei da palavra “quaresma” e aí entramos na religião, coisa que todos sabemos que é 100% real e que existe para ajudar o ser humano e não instigar o medo para ter lucro e controlo sobre criaturas com menos educação e capacidade de raciocínio, festa ou cerimónia religiosa que se prolonga por 40 dias.
Sei que Portugal é um país deveras religioso, mas malta… vamos lá começar a pensar nas coisas, já que quando batizaram o vosso filho não o fizeram. Se uma ameaça está a dizimar populações e a aterrorizar velhinhas na Baixa da Banheira, tenham cabeça e fechem-se em casa a comer pizza e a ver séries. Não façam o que metade da população do Distrito de Lisboa fez: organizar uma patuscada na Praia de Carcavelos.
O pior disto tudo não foi o facto de assarem frangos e lamberem os dedos depois de darem um passou-bem a uma enfermeira do Santa Maria. O pior foi que ninguém me convidou… Sei que faço parte de uma minoria, o grupo de pessoas que vive a sul do Rio Tejo e que, ocasionalmente, assalta as velhinhas da Baixa da Banheira, daí ficarem aterrorizadas, mas “OPÁ!!!”, podiam-me ter convidado para ir antes da hora marcada, deixar uma mala suspeita com recheio de peúgas e fazer com que o evento criado no Facebook fosse cancelado, originando algum tema novo sem ser a doença da cerveja.
Estou sinceramente farto das notícias nesta semana. Já não se fala de uma birra de um jogador de futebol, de um novo treinador do Sporting ou de um ator a ficar sem uma perna. As notícias estão muito monótonas, parecem o disco riscado do meu avô a dizer que no tempo dele “é que era bom”!
Ah, peço-vos desculpa por uma semana passada a ressacar sem crónica, mas esta vida de rapaz atarefado é complicada, gosto de abacates e não gosto de espinhas dorsais. Mais uma crónica sem sentido, beijinhos na testa e até para a semana.