Professor do Departamento de Ciências da Comunicação da Autónoma, referência da literatura portuguesa, Luís Carmelo faleceu aos 68 anos.
Começou a dar aulas na Autónoma na década de 1990. Era o docente responsável pela unidade curricular de ‘Semiótica’ na Licenciatura em Ciências da Comunicação da UAL, campo académico em que se destacou e se doutorou pela Universidade de Utreque, Holanda. Foi investigador do NIP-C@M da Autónoma e do Centro de Estudos Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.
Luís Carmelo é autor de uma vasta obra literária e ensaística, com mais de uma dezena de romances publicados (com destaque para “A Falha”, adaptado ao cinema por João Mário Grilo, em 2002) e mais de 15 livros de ensaio em torno de áreas como a semiótica, a teoria da cultura, a literatura e o cruzamento multidisciplinar de expressões contemporâneas.
Autor de vários manuais de escrita criativa, o docente era coordenador da Escola de Escritas orientada para a dinamização de cursos de formação de escrita criativa no âmbito literário, dos media, publicidade, biografia, redes, teatro, cinema, direcionado para crianças, etc. Dirigiu ainda as editoras Abysmo e Nova Mymosa.
Em 1988, ganhou o Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores com a obra ‘A Tetralogia Lusitana de Almeida Faria’. Já em 2019, foi finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa/ Correntes d’Escritas com o livro de poesia ‘Tratado’.
Foi cronista do Expresso e autor de uma crónica semanal no jornal Hoje Macau, replicada no UALMedia. Recentemente, havia colaborado enquanto autor do capítulo “Jornalismo cultural, uma panótpica do nosso tempo” no livro editado pelo Nip-C@m “Comunicação, Cultura e Jornalismo Cultural”.
Recordamos a última crónica publicada no jornal Macau Hoje e no UALMedia, intitulada “Uma Despedida”.