Depois de ter surgido nas grandes telas em 2015, o filme, cujo mote é mostrar como funciona a nossa mente e as emoções durante diferentes fases da vida, regressa agora para uma segunda parte. Se, até agora, a alegria, raiva, medo, tristeza e repulsa eram as personagens representadas, neste segundo filme juntam-se novas emoções, das quais se destaca a ansiedade.
A jovem Riley já não é aquela criança que vimos no primeiro filme, mas sim uma adolescente. Com a chegada da puberdade chegam também os exageros e novos sentimentos: não só a ansiedade, como o tédio, a vergonha constante, inveja e comparação face ao próximo.
Depois de vários fracassos de bilheteira, a Disney parece ter-se reerguido com Divertida-Mente 2. Para isso, muito contribuiu o facto de apresentar uma premissa que todos os seres humanos já passaram ou vão passar — sobretudo a questão da ansiedade, um tema bastante atual e presente na nossa sociedade.
A ansiedade é introduzida de uma forma simples e pouco forçada, mostrando ao público que ela não é de todo má, apenas nos quer proteger para os perigos que poderemos vir a enfrentar. Ficam claros os exageros, mas também fica claro que é possível assumir o controle da nossa própria vida e acalmar — algo que é bem representado durante uma hora e quarenta minutos.
Outro ponto a salientar é a paródia ao programa infantil A Casa do Mickey Mouse, um ponto bastante nostálgico e caricato. Custódia Gallego (Tristeza), Eduardo Madeira (Vergonha) e Teresa Guilherme (Nostalgia) são algumas das vozes portuguesas.