Nos velhos singles, a 45 rotações por minuto, reinava por norma o lado A. Muitas vezes, o lado B ficava esquecido. Vamos a três desses e a uma exceção. O café e o bagaço saem já seguir.
Começamos pelo lado B que deu mais nas vistas (ou nos ouvidos) que o lado A, “Ribeira”, dos Jafu Mega, um single de 1981. Tinham começado em inglês, um ano antes, iam agora à boleia da onda do rock cantado em português. Dá-me lume, o lado A, não teve grande história, mas Ribeira seria um hit icónico. “A ponte é uma passagem para a outra margem”, ouve-se na canção sobre sobre as margens citadinas do rio Douro.
O Grupo de Baile faria um enorme sucesso com o famoso “Patchouly“. 99 mil cópias para esse ano de 1981, um feito notável. Se virássemos o single, podíamos ouvir “Já Rockas à toa”. Mais desconhecido, mas uma pedalada interessante para uma banda com uma fantástica secção de metais.
1981 foi também um ano notável para Adelaide Ferreira. “Bichos” era o lado A de um single cheio de pinta, puro e rock e uma voz notável, mas o lado B não se ficava atrás. “Trânsito”, uma rockalhada quase esquecida sobre a hora de ponta e outras afins, em Lisboa.
1981 foi também o ano dos Ferro & Fogo, uma banda que já rockava desde 1978, mas que lançava agora “Super Homem”, o primeiro single. O labo B é mais modesto, mas tem muita pinta. “Vai de roda, vem de rock” é sempre a abir.
Por último, para fechar em grande, pedimos “Um café e um bagaço”, o velho hábito a fechar uma refeição fora. É o lado A do single do mesmo nome, de Rui Veloso, desse mesmo ano de 1981.
E depois desta dose portuguesa, vamos outras músicas dos anos 80. Podes ouvir o podcast na UALMedia Rádio, no Spotify ou no Apple Podcasts.