Ary Zara tentou aceitar o seu corpo como era até ao dia em que decidiu que não o tinha de fazer mais e que podia alterar as partes do seu corpo que não gostava. Nasceu com o sexo feminino, mas hoje identifica-se como transgénero e pessoa não-binária (identidades de género que não são estritamente masculinas ou femininas), utilizando os pronomes masculinos. Acredita que o género não tem que ser dividido em dois e que cada pessoa tem o direito de se identificar da forma que desejar e sentir.
Aos 30 anos é uma voz ativa na comunidade sobre temas relacionados com a transexualidade e realizou a sua primeira curta-metragem, “Um caroço de abacate”, que representa o seu desejo de mostrar que pessoas transexuais também podem ter um vida normal e um final feliz.
Uma entrevista realizada no âmbito da unidade curricular de Atelier Rádio da licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa.