A jornalista Joana Gorjão Henriques, ex-aluna de Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma, recebeu o Prémio de Jornalismo “Direitos Humanos & Integração” da UNESCO, na categoria ‘Imprensa Escrita’, com a reportagem ‘Racismo à Portuguesa’, publicada no PÚBLICO.
A entrega dos Prémios de Jornalismo “Direitos Humanos & Integração” que reconhecem “o trabalho desenvolvido por profissionais da comunicação social, a nível nacional, em prol dos direitos humanos e das liberdades fundamentais” decorreu no dia 16 de novembro, na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, em Lisboa.
O trabalho ‘Racismo à Portuguesa’ é a segunda parte da série ‘Racismo em Português’, onde se abordam diversas áreas, desde a habitação e o emprego até à educação, recorrendo a depoimentos de procuradores, advogados, professores, ativistas, investigadores, artistas. Ao todo, foram entrevistados cerca de 50 especialistas.
Para além do trabalho premiado, constava na “corrida” mais um trabalho da mesma jornalista, intitulado ‘Crianças sem documentos e com “a vida em suspenso’.
A cerimónia contou com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, do presidente da Comissão Nacional da UNESCO, José Filipe Moraes Cabral, e do secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros, David Xavier.
Com edição anual, os Prémios de Jornalismo “Direitos Humanos & Integração” são uma iniciativa conjunta da Comissão Nacional da UNESCO e da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. O júri dos prémios da 13ª edição foi constituído por Guilherme d’Oliveira Martins, Catarina Duff Burnay e José Pedro Castanheira.
Outros prémios
Recorde-se que, ainda este mês, Joana Gorjão Henriques foi agraciada com a medalha de ouro comemorativa do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, concedida pela Assembleia da República Portuguesa. A cerimónia de atribuição dos prémios decorre a 10 de dezembro.
Joana Gorjão Henriques na primeira pessoa
[FONTE: PÚBLICO]
“Entrei para o PÚBLICO, no final de 1999, para estagiar na Cultura, onde fiquei durante dez anos, cobrindo um pouco de tudo e muito de teatro. Em 2007 participei no lançamento do novo Ípsilon, onde estive como editora adjunta até 2009. A seguir fiz uma pausa na profissão e no país. Primeiro, ganhei a bolsa de um ano da Nieman Foundation for Journalism na Universidade de Harvard, EUA; depois, fui estudar Sociologia na London School of Economics, em Londres. Nesses dois anos foi quase como aprender tudo de novo. Agora integro a secção de Sociedade, escrevendo sobre temas ligados aos direitos humanos. Sou autora das séries Racismo em Português, sobre o lado africano da história colonial, e Racismo à Portuguesa, abordagem às desigualdades raciais em Portugal. Recebi o Prémio AMI – Jornalismo contra a Indiferença, o prémio de Jornalismo de imprensa escrita de Direitos Humanos e Integração, da Comissão Nacional da UNESCO e da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o prémio de imprensa escrita Comunicação “Pela Diversidade Cultural” do Alto Comissariado para as Migrações, e o Prémio Gazeta de Imprensa 2017.”