Fátima Lopes Cardoso, investigadora do NIP-C@M, o núcleo de investigação do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma, vai participar no XIII Congresso da Lusocom que se realiza em Maputo, Moçambique, de 28 a 30 de novembro de 2018.
O XIII Congresso da Lusocom (Federação Lusófona de Ciências da Comunicação) deste ano terá por tema “Comunicação e informação para o desenvolvimento”. Aí se irão reunir docentes e investigadores para explorar caminhos de cooperação e de intercâmbio.
O título da proposta de Fátima Lopes Cardoso, docente da Universidade Autónoma e investigadora do NIP-C@M, é “Rotinas e constrangimentos da cobertura jornalística de países lusófonos – um olhar a partir do interior das redações”, um trabalho realizado em co-autoria com a investigadora Maria José Mata. Segundo a autora, esta investigação é parte de um estudo mais vasto, intitulado “Representações de Países Lusófonos nos media portugueses”, que está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Escola Superior de Comunicação Social-IPL, que também integra.
Mais propostas aprovadas
Os investigadores Bruno Reis e Paula Lopes, em conjunto com a assistente de investigação Mariana Colombo, e o investigador Hélder Prior também viram as suas propostas aprovadas para este congresso.
O título da comunicação de que o professor Bruno Reis é primeiro autor, e que se insere na categoria Comunicação e Representações Identitárias, é “O passado colonial reconstruído pelos universitários angolanos. Uma possibilidade de memória coletiva acerca da guerra colonial”.
O assunto abordado, segundo os autores, são as “memórias coletivas que se plasmam nos jovens universitários angolanos relativamente ao período da guerra colonial portuguesa. Para o efeito, indagamos os processos de lembranças destes atores sociais, tentando perceber como as memórias vividas (das heranças recebidas), as memórias mediadas (construídas por via dos agentes culturais, formais e informais) e as memórias mediatizadas (através dos meios de comunicação) estruturam uma dada perceção da guerra colonial e do colonialismo. Para o efeito, entrevistámos no ano de 2018 jovens estudantes da Universidade Gregório Semedo, Universidade Lusíada e do Instituto Superior Politécnico do Huambo”.
O título da comunicação do investigador Hélder Prior é “A personagem mediática: procedimentos retóricos de construção de heróis e vilões no jornalismo político”.
O assunto abordado na proposta de comunicação, segundo o autor, “versa sobre a construção da personagem jornalística num processo de semantização do mundo real. Interpretando a personagem como uma categoria central dos conflitos políticos (Motta, 2013), sublinhamos que a génese da personagem jornalística se situa na intersecção entre as informações textuais, onde actuam signos e códigos, e o processo dinâmico de leitura e interpretação do texto jornalístico. Efetivamente, na cobertura do jogo político, o narrador/jornalista posiciona as personagens no enredo e, tendo em conta escolhas e intenções comunicativas, “recobre-as” de significações”.